quarta-feira, 18 de março de 2009

Sinto...




Bate aqui dentro
Pulsa em acalento
Jorra como água
Aquece a alma

Ilumina a vida
Afaga o coração
Desperta o sorriso
Oferece abrigo

Anseio o beijo
Desejo o toque
Oferto o carinho
Recebo a ternura

Em teus braços sou
Em minha mente estás
Em meu íntimo sinto
Em mim permanecemos

Quando escurece não anoiteço
Quando amanhece eu alvoreço
Quando se vai, vou contigo
Quando permaneces, aqui estou


terça-feira, 10 de março de 2009

Gatos discutindo a relação



Vi esse vídeo no YouTube e achei muito engraçado :))))

*** Em homenagem à minha gatinha Mima que há dez anos faz parte da família. Perdi até o posto de caçula da casa rs ;)


domingo, 1 de março de 2009

444 - Parabéns Rio

Foto: Olhares.com

Pedaço do tempo

Movimento de história

Constrastes constantes

Imutáveis encantos

Lugar de morada
Por mim adotada

Inspiração de poetas
Graças ofertadas

Alento, balanço e melodia.


O sonho acabou


Crônica escrita em agosto de 2004.

Acabaram os dias de glória. Brincamos de faz de conta, onde cada um contou sua própria estória num mundo que nunca existiu: O “Brasil Encantado”.

Acreditou-se, por um momento, que bastaria sermos os campeões da Copa do Mundo para que as coisas se arrumassem por aqui; ledo engano. Agora, os brasileiros acordaram (não tão cedo ou dispostos como antes para assistir aos jogos) e perceberam que o “doce sonho” havia dado lugar ao pesadelo. Em momentos de nostalgia, lembram da catarse coletiva em que tudo parecia ter solução e a felicidade era generalizada.

O “Brasil Encantado” deu lugar a um conjunto de fábulas que compõem o cenário imaginário de cada um dos candidatos à Presidência do País: Peter Pan - Anthony Garotinho - o garoto que quer brincar de governar; Os Três Porquinhos - Luís Inácio Lula da Silva - o candidato que sobreviveu a três eleições e continua em sua casa de tijolos esperando que o lobo não consiga lhe pegar; Chapeuzinho Vermelho - Ciro Gomes - no caso, ele é o caçador. Aí, os papéis se invertem, ele não salva a vovó, mas a chapeuzinho – Patrícia Pilar - acaba salvando a todos; por último, temos a Cinderela – José Serra - cuja fada madrinha é Fernando Henrique Cardoso, mas ainda faltam-lhe os sapatos de cristal para ir à festa no palácio. Sim, acreditem! Esta é a campanha presidencial!

Num ano em que a crise corroia a vizinha Argentina ameaçando bem de perto o Brasil e com eleições importantes, já que a mesma crise vem tomando corpo (mesmo não sendo um bicho papão ela assusta muita gente grande), sonhávamos com o Pentacampeonato e com a glória de nossos jogadores – heróis.

A expectativa, diante das ações deste novo presidente, é sentida por nós e pelos apostadores, digo, investidores que põem e tiram seu “santo dinheirinho” aqui, porém, o que percebemos é que houve mais preocupação, não com a “corrida maluca” que se tornou a eleição presidencial, mas com a eleição do melhor jogador da Copa. Como ficamos decepcionados! O Alemão acabou levando o título e o outro a Fórmula 1.

Voltando ao “Brasil Encantado” constatamos que o sonho acabou, retornando o pesadelo, ou melhor, a realidade que para muitos é tão difícil de encarar. Sabemos que o País de encantado não tem nada, mas aqui, é sim, a “Terra do Nunca” (sem Peter Pan). Esperamos que desta vez alguém modifique esta nomenclatura, substituindo o nunca por um talvez. “Terra do Talvez”... Seria melhor dizer: “Terra do Talvez e da Esperança”, sentimento que, incrivelmente, o brasileiro nunca perdeu.