terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Complexidade Humana


“O ser humano é ao mesmo tempo singular e múltiplo. Dissemos que todo o ser humano, tal como o ponto de um holograma, traz em si o cosmo. Devemos ver também que todo ser, mesmo aquele fechado na mais banal das vidas, constitui ele próprio um cosmo. Traz em si multiplicidades interiores, personalidades virtuais, uma infinidade de personagens quiméricos, uma poliexistência no real e no imaginário, no sono e na vigília, na obediência e na transgressão, no ostensivo e no secreto, balbucios embrionários em suas cavidades e profundezas insondáveis. Cada qual contém em si galáxias de sonhos e de fantasmas, impulsos de desejos e amores insatisfeitos, abismos de desgraças, imensidões de indiferenças gélidas, queimações de astros em fogo, acessos de ódio, desregramentos, lampejos de lucidez, tormentas dementes (...)”

Edgar Morin

Dedicado à minha querida amiga e irmã de core, Mila.

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Festejando o mês do dia dos meus anos =)

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Só faltava essa

Essa notícia já está fria... Mas, não poderia deixar de comentar... Os japoneses não tem nada melhor para inventar não? Ah, faça-me o favor...

Sutiã para homens vira sucesso no Japão (Site G1)
Quem disse que sutiãs são apenas para mulheres? No Japão, um dos produtos mais vendidos em uma loja on-line de lingeries é o sutiã para homens.

A Wishroom foi inaugurada há duas semanas no "shopping virtual" Rakuten, e já vendeu mais de 300 sutiãs masculinos, ao preço de US$ 30 cada (2.800 yens).

A loja também vende calcinhas para homens, além das lingeries tradicionais para mulheres.

"Eu gosto dessa sensação", diz Masayuki Tsuchiya, representante da loja, enquanto exibe o sutiã masculino, que pode ser vestido discretamente sob a roupa.

Akiko Okunomiya, diretora-executiva da Wishroom, diz que está surpresa com a intensa procura pelo sutiã masculino.

"Cada vez mais homens estão se interessando pelo sutiã. Desde que lançamos o produto, recebemos mensagens dos clientes dizendo que esperavam por isso há muito tempo", diz ela.

O sutiã está disponível nas cores preta, rosa e branco, mas não é de fácil aceitação para todos os homens. A lingerie provocou fortes discussões na rede social Mixi, a principal do Japão. Cerca de oito mil usuários discutiam os méritos de os homens usarem uma peça íntima que "pertence" a mulheres.


Todos ao Teatro


Para quem gosta de teatro, aí vai uma dica: até 21 de dezembro, as peças, no Rio de Janeiro, estão com um super desconto. Trata-se do TEATRO PARA TODOS, iniciativa da Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro.


A idéia da campanha, que está em sua sexta edição, é revitalizar, aproximar e renovar o público teatral, além de contribuir na formação de novas platéias. São mais de 40 peças e 60 mil ingressos vendidos ao preço de R$ 5 a R$ 25. Lembrando que há peças cuja entrada custa uns R$ 70... Não vale a pena perder essa!


Site da campanha com roteiro de peças, preços e informações gerais: http://www.teatroparatodos.com.br/

Na cama, entre lençóis


Poucos falam sobre isso, na verdade, ainda não li uma matéria ou crítica que tocasse no assunto, mas o filme “Entre lençóis”, tão alardeado pela nudez dos atores e não por sua qualidade conceitual em muito se parece com o excelente filme chileno dirigido por Matias Bize, “Na Cama”, de 2005. Sempre que leio matérias sobre o assunto sinto uma certa inquietação. Afinal, embora seja vendido como original, não é. E muitos, nem desconfiam...


“Na Cama” - o chileno - recebeu cinco premiações em festivais internacionais e indicação ao Goya de Melhor Filme Estrangeiro de Língua Espanhola. É um filme envolvente, que apesar de ter cenas de nudez não se prende a isso. Fala sobre a opção de viver uma aventura finita: dois jovens se conhecem e resolvem passar a noite juntos numa cama de motel. Os corpos nus estão ali, mas são apenas acessórios, fazendo parte de um cenário. Diante de tudo o que é discutido, a pele ganha contorno diferente, transmuta-se numa simples “roupagem” dos personagens.


Essa transformação se deve ao fato de não haver vulgaridade, pois não se eleva o erotismo à personagem principal. As cenas que se seguem são absoltamente naturais. A força dramática da estória e intensidade das falas, faz-nos concentrar no enredo. Os diálogos nos prendem nos 85 minutos de exibição.


Há apenas um cenário e dois personagens: o quarto e o casal, mas viajamos por diversas estórias e situações, fazendo com que o que poderia ser monótono se torne uma reflexão sobre as fases do envolvimento, seja fugaz ou duradouro: o encontro, a paixão/amor, os problemas, a superação e o possível final feliz ou não. As angústias, sonhos e medos vão sendo expostos a cada tomada.


Interessante é observar que até a forma como o longa foi filmado nos diz alguma coisa. Cada detalhe faz a diferença: os cortes rápidos e a inquietude da câmera mostram o interior dos personagens, assim como a relação que está nascendo entre os dois, tão intensa, rápida e ao mesmo tempo tão instável e frágil com o fim já determinado. Isso faz de Bize um ótimo diretor. Conquistar o espectador não é tarefa fácil, mas nos mantemos sempre curiosos, esperando cada ação. Queremos descobrir quem são Bruno e Daniela, que apesar de despidos, não se deixam descobrir a alma. É de uma sensibilidade ímpar e originalidade sem igual.


FICHA TÉCNICA


NA CAMA (En La Cama)

Roteiro: Julio Rojas

Gênero: Drama

Origem: Alemanha/Chile

Duração: 85 minutos

Ano: 2005


Bruno (Gonzalo Valenzuela) e Daniela (Blanca Lewin) se conheceram poucas horas antes, em uma festa, e agora estão numa cama de motel. Eles fazem amor, contam suas vidas e dividem sonhos, verdades, mentiras, anseios e medos. Ao fim da noite a intimidade entre eles é tão forte quanto passageira, já que terminará ao amanhecer.


ENTRE LENÇÓIS

Gênero: Drama

Ano de Lançamento (Brasil): 2008

Direção: Gustavo Nieto Roa

Roteiro: Renê Belmonte


Paula (Paola Oliveira) e Roberto (Reynaldo Giannechini) se conhecem em uma boate. Sem trocar muitas palavras, eles logo vão para um motel, onde passam a noite. Lá eles passam horas conversando sobre diversos temas, entre eles amor, morte, família e, obviamente, sexo.


Fonte da ficha técnica e fotos: adorocinema.com.br.

Montagem: Eu.

domingo, 23 de novembro de 2008

Atualização da lista de filmes. Show!


· As Brumas de Avalon****
· Gattaca****
· Sexo com amor***
· Antes só do que mal casado***
· Manual do amor****
· Awake***
· O método Gronholm ***
· Réquiem para um sonho ***
· Geração Prozac ***
· Stardust ****
· Irina Palm ***
· Scoop - o grande furo ****
· Homem de ferro ***
· Vermelho como o céu ****
· Na cama *****
· O despertar de uma paixão ***
· Medos privados em lugares públicos ****
· O labirinto de fauno ****
· O orfanato *****
· Adeus, Lênin! ***
· 4 meses, 3 semanas e 2 dias ***
· Ingma Bergman (Mônica e o Desejo; A Fonte da Donzela; Sétimo Selo; Persona e Cenas de um Casamento) *****
· O grande chefe ****
· Dogville *****
· Manderley *****
· Apocalypto ***
· A lenda de Beowulf ***
· Quebrando a banca ***
· O caçador de pipas ***
· Tropa de elite ***
· Invasão de privacidade ***
· Déjà vu ***
· Anatomia ***
· Fonte da vida ****
· O grande truque *****
· O ilusionista *****
· Os infiltrados *****
· Valente ***
· Invasões bárbaras ***
· Maria Antonieta ***
· Meu nome não é Johnny ***
· Ó pai Ó ***
· O passado ***
· Pecados íntimos ***
· Pequena Miss Sunshine ***
· Piaf - um hino de amor *****
· Vanilla Sky *****
· O ultimato Bourne ****
· Geração fast food ***
· Infância roubada ***
· A vida dos outros ****
· Time (Sigan) *****
· Em nome de Deus ****


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Entre as árvores


Eram seis da manhã. O dia mal havia começado e já pensava nas coisas que teria que fazer durante toda a terça-feira: banho, café-da-manhã, jornal, trabalho, reunião, almoço, trabalho, visita a clientes, compras, academia, casa, banho, jantar, revisão da tese de doutorado, ligação para mãe e também para a amiga Cláudia para saber como foi sua viagem... Era uma lista extensa de atividades. Malu tinha uma tendência a ser metódica assim como perfeccionista desde criança, seguindo este padrão um tanto “claustrofóbico” durante muitos anos. Seu consolo era que aquela rotina a mantinha no ritmo que desejava: "à mil". Era difícil encontrar alguém com tantas RPM, costumavam brincar suas amigas.

Após tomar café-da-manhã ao mesmo tempo em que lia o jornal, uma façanha que aprendera com os anos, arrumou-se e partiu. Sabia que teria um longo dia pela frente só não sabia se sua paciência seria tão longa também. Evitava dirigir justamente por saber que o trânsito a deixava extremamente impaciente. Preferia ir ao trabalho de metrô, mas como naquele dia teria que visitar clientes, não havia jeito... O carro teria que sair da garagem. Buzinas, motoristas apressados, pedestres desatentos... Ligou o som. Só a música a deixava mais calma.

Um acidente havia deixado o trânsito bem lento, por isso estava atrasada. Se não bastassem os minutos perdidos na auto-estrada Lagoa-Barra, constatou que o estacionamento em que geralmente deixava seu carro estava cheio. “Não era seu dia, definitivamente”, pensou. Encontrou uma vaga a três quadras dali. Teria que andar bastante para chegar ao seu destino. O celular tocou. Era Célia, secretária do seu chefe, perguntando se já estava a caminho, pois todos a estavam esperando. Mesmo com a agenda minuciosamente planejada, ela acabara esquecendo que, justamente naquele dia, teria que chegar mais cedo para uma reunião.

Começou a andar rapidamente, prestando atenção no calçamento para não tropeçar com seu sapato de salto nas pedras portuguesas e arrumando os cabelos que insistiam em sair do lugar, por obra do vento que batia insistentemente nos seus fios. Meio atordoada foi caminhando e, num breve momento, levantou o rosto. Nesse instante ela parou. Esqueceu todas as obrigações do dia... Estava surpresa com o cenário que estava a sua frente... Uma paisagem bucólica e belíssima. Nunca havia reparado no imenso esforço da natureza que resistia em meio ao concreto e aos tons cinza da cidade. Entre seus galhos, os raios de sol. Eram como luzeiros quebrando as barreiras da escuridão.

Além de tocar sua face, os raios de sol iluminaram seu dia e sua própria consciência. Viveu anos “correndo”. Assim como tantos outros, esqueceu-se de vivenciar a própria vida, tornando-se apenas uma coadjuvante dos eventos, enquanto se enganava com a falsa sensação de controle apenas por elaborar sua agenda. Quantos momentos foram perdidos nos seus 32 anos? Quantos desejos foram renegados? Quanta beleza deixou de ser apreciada?

A magnitude da natureza criada por Deus a fez parar e refletir. Não mais correria, mas caminharia. Deixaria, então de ser espectadora de si mesma e dos acontecimentos para aproveitar cada momento de sua vida, dando importância às coisas simples e que realmente a faziam feliz. E foi assim, daquele dia em diante.
Obs.: Pode parecer um tanto ingênuo o final da crônica, mas o objetivo é que seja, de fato, inspirador.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Peixe, arroz e algas

Minha história com a culinária japonesa é interessante: depois de muito relutar e fugir das fatias de peixe cru, acabei viciando nesse tipo de comida. O mais irônico é que não era fã de peixe, até que dei a segunda mordida num sushi (enroladinho com alga e arroz). Segunda, porque da primeira vez achei que se tratava de uma comida com consistência estranha, algo bem diferente para o paladar brasileiro e para o meu próprio. Comecei com um sushi, parti para o sashimi (fatias de peixe cru) e depois me entreguei ao Uramaki Califórnia (arroz envolvendo um recheio de alga, manga, pepino e kani)... Conclusão? Me rendi aos encantos do pescado "in natura" e cheguei ao ponto de saborear essas iguarias quase sempre, após um dia estafante de trabalho (por isso meu colesterol bom deu um boom! :D ).

Uma coisa que agrada às mulheres, suponho, é o fato de ser uma comida saudável; é leve e constitui uma perfeita combinação entre proteínas e carboidratos, um dos possíveis motivos relacionados à longevidade do povo japonês. Nunca saí de um restaurante de comida japonesa com a consciência pesada devido às calorias ingeridas. É claro que elas existem... Até um alface tem! Mas não costumo comer frituras como o tempura (legumes ou camarões fritos com massinha) e controlo a quantidade de sushis com cream cheese que saboreio.

Na cidade onde morava, havia várias opções. Ótimos restaurantes e a um preço convidativo se compararmos com o que se cobra no Rio. Aqui, para se comer um delicioso peixe cru, você tem que desembolsar uma graninha (não sai por menos de 48 reais por pessoa...) e geralmente os melhores restaurantes oferecem rodízio ou funcionam no sistema all-can-you-eat (buffet). Passei algum tempo numa crise de abstinência semi-total, pois beliscava um sashimi aqui, outro ali, nos restaurantes de comida à quilo, até que descobrimos, por intermédio de uma amiga, um restaurante "manêro" (parafraseando os cariocas) o que me deixou feliz da vida. Foi um verdadeiro achado! Já fui a outros, mas esse, sem dúvida, ganha sempre no quesito "custo-benefício".

Bem, para algum navegador da web que tenha aportado por aqui, que também adore comida japonesa e que more no Rio, dou uma dica: restaurante Nik Sushi, em Ipanema. Lugar muito simpático, ambiente agradável, comida de primeira e bom atendimento. Até o molho shoyo parece ter algo especial! Os pratos são deliciosos. Eles trabalham com rodízio, buffet e à la carte. Água na boca? Aff... O restaurante funciona há quatro anos, mas só o conheci em 2008. Dá para se perceber que tudo é feito com muito cuidado, desde a seleção dos produtos, até seu preparo e apresentação.

Sugiro que não deixem de provar o salmão Ipanema (com molho teryiaki e farinha de amendoim) e o tartare de atum temperado, além dos tradicionais sushis, sashimis e temakis da casa. Vale lembrar que não sou assessora de imprensa do estabelecimento, muito menos uma expert em culinária, apesar de me arriscar no fogão ;) O post foi apenas uma dica para quem é viciado no trio peixe, arroz e algas como eu =)

Vá lá:
Nik Sushi: Rua Garcia D’Ávila, 83 - Ipanema

(Fotos: Site Nik Sushi. Montagem: Eu)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Sobre o amor


Gibran é para mim um dos maiores escritores, um poeta sensível, alguém que conseguiu enxergar o mundo além dos tons de cinza, chegando às matizes mais vivas, alcançando a compreensão da alma humana e entendendo o que existe por trás das máscaras que muitos insistem em usar. Como romântica que sou, escolhi um texto de "O Profeta" em que ele aborda o Amor, para que conheçam um pouco do seu trabalho. Lindas palavras!

O Amor


E alguém disse: fala-nos do Amor.

Quando o amor vos fizer sinal, segui-o; ainda que os seus caminhos sejam duros e difíceis. E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos; ainda que a espada escondida na sua plumagem vos possa ferir.

E quando vos falar, acreditai nele; apesar de a sua voz poder quebrar os vossos sonhos como o vento norte ao sacudir os jardins. Porque assim como o vosso amor vos engrandece, também deve crucificar-vos. E assim como se eleva à vossa altura e acaricia os ramos mais frágeis que tremem ao sol, também penetrará até às raízes sacudindo o seu apego à terra.

Como braçadas de trigo vos leva. Malha-vos até ficardes nus. Passa-vos pelo crivo para vos livrar do joio. Mói-vos até à brancura. Amassa-vos até ficardes maleáveis. Então entrega-vos ao seu fogo para poderdes ser o pão sagrado no festim de Deus. Tudo isto vos fará o amor para poderdes conhecer os segredos do vosso coração e por este conhecimento vos tornardes o coração da Vida.

Mas, se no vosso medo buscais apenas a paz do amor, o prazer do amor, então mais vale cobrir a nudez e sair do campo do amor a caminho do mundo sem estações onde podereis rir, mas nunca todos os vossos risos, e chorar, mas nunca todas as vossas lágrimas. O amor só dá de si mesmo e só recebe de si mesmo. O amor não possui nem quer ser possuído. Porque o amor basta ao amor. E não penseis que podeis guiar o curso do amor; porque o amor, se vos escolher, marcará ele o vosso curso.

O amor não tem outro desejo senão consumar-se. Mas se amarem e tiverem desejos, deverão ser estes: fundir-se e ser um regato corrente a cantar a sua melodia à noite. Conhecer a dor da excessiva ternura. Ser ferido pela própria inteligência do amor e sangrar de bom grado e alegremente. Acordar de manhã com o coração cheio e agradecer outro dia de amor. Descansar ao meio dia e meditar no êxtase do amor. Voltar à casa ao crepúsculo e adormecer tendo no coração uma prece pelo bem amado e, na boca, um canto de louvor.

Khalil Gibran

domingo, 7 de setembro de 2008

Nordeste no Rio

Há poucos dias fui conhecer a Feira de São Cristovão, aqui, no Rio de Janeiro. De fato é um pedacinho carioca que lembra muito a terrinha. Logo que entrei, reconheci alguns elementos característicos: a música, o artesanato e as comidas típicas. Parecia que estava no interior! =)Engraçado que a cultura nordestina, com exceção da cultura da Bahia que é um pouco diferente das demais, é algo quase único e que une os povos da região.

Como foi bom comer carne de sol mais uma vez! E comer também macaxeira, apesar de só me venderem com o nome de Aipim... Mas, curiosa mesmo, estava para beber um refrigerante típico do Maranhão e que, surpreendentemente, vende naquele estado até mais que Coca-Cola! A Coca-Cola, aliás, comprou até a marca... Trata-se do famoso Guaraná Jesus!

De tanto falarem, deu vontade mesmo de beber... A cor rosa, característica da bebida, deve chamar a atenção das crianças. Dizem as lendas que as mães acreditam que o refrigerante é rico em nutrientes e dão para seus filhos pequenos... Folclore ou não, o fato é que o Guaraná Jesus é sucesso absoluto na terra do reggae. Eu, particularmente, não gostei... Parece refrigerante de chiclete =) Mas, gosto não se discute, não é mesmo?

A FEIRA
Um pedaço do Nordeste no Rio de Janeiro. Assim pode ser definido o Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, onde funciona a tradicional Feira de São Cristóvão. São cerca de 700 barracas fixas que oferecem as várias modalidades da cultura nordestina: culinária típica, artesanato, trios e bandas de forró, dança, cantores e poetas populares, repente e literatura de cordel. Visitar a Feira de São Cristóvão é um programa que atrai cerca de 450 mil visitantes por mês, entre turistas e cariocas. A Feira funciona desde 2003 dentro do Pavilhão de São Cristóvão, marco da arquitetura moderna brasileira, reformado pela Prefeitura com o objetivo de preservar esse espaço tradicional da cultura nordestina na cidade. (Fonte: Riotur)

domingo, 31 de agosto de 2008

Comedy Hour





Duas dicas de comédia que estão na telona: 'Zohan' é um filme que tem cenas tão ridículas que acabam se tornando hilárias e arrancam muitas e boas risadas. Já 'Trovão Tropical' pode parecer ligeiramente "grosseiro", mas o humor ácido que mistura cenas engraçadas com a crítica à Hollywood vale o ingresso. Ponto para Ben Stiller que fez o roteiro, dirigiu, produziu e ainda atuou no longa, sem esquecer, é claro, de Robert Downey Jr. que deu um show!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Serenata



Fazendo uma pesquisa para prova de marketing, achei esse comercial do Serenata. Não sou fã de propagandas. Na verdade, fujo delas com a ajuda do controle remoto, mas essa eu achei muito criativa. Vale a pena conferir.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Qualidade de Vida

Fonte: Revista Vida Simples

Mossoró


"De Mossoró a Kaliningrado". A frase utilizada no editorial da atual revista Exame me deixou surpresa. Será que era de Mossoró mesmo, nas terras potiguares, que estavam falando? Era! A cidade ganhou destaque na matéria sobre o crescimento do mercado de consumo no interior do Brasil. Foi a principal personagem no texto que dizia que, fora das nove maiores capitais, sete de cada dez brasileiros já respondem por 61% da demanda de alimentos, bebidas e artigos de higiene e limpeza produzidos em massa no país (mantido o ciclo virtuoso da economia e o vigor de setores como o agronegócio e a mineração, devem consumir cada vez mais). É isso aí.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

PetroSal


O governo do presidente Lula já tem definidas as quatro grandes linhas estratégicas para a exploração de petróleo na camada do pré-sal, localizada abaixo do leito marinho: serão garantidos os blocos já leiloados e respeitados os contratos assinados; não será mais concedido à iniciativa privada ou à Petrobras nenhum novo bloco nessa área ou na franja do pré-sal, pois Lula decidiu que o regime a ser adotado será o de partilha de produção; será mesmo criada uma empresa estatal, não operacional, para gerir todos os contratos de exploração do pré-sal; o Brasil terá um regime misto de exploração do petróleo, sendo de concessão para áreas de alto risco exploratório e de partilha de produção para o pré-sal. (Fonte: Último Segundo).


Vejo com extrema desconfiança essa iniciativa. Para mim, não passa de desculpa para abocanhar o dinheiro que “jorrará” desses campos de petróleo. Mais inacreditável é a ânsia desses políticos em aprovar o mais depressa possível essas mudanças. Por que será? Também acredito que dizer que essas medidas assegurarão verba para investir em desenvolvimento e educação no Brasil é “balela”. Por acaso a CPMF, ajudou a saúde? Se eles são de fato desprovidos de interesse, por que então não criar um fundo de pensão baseado no rendimento do petróleo com diretrizes éticas rigorosas como faz a Noruega? Como diz a máxima: “De boas intenções Brasília, (OPS!), o inferno, está cheio. Mas ainda há bobo que acredite em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Olimpíadas


Li duas matérias sobre a abertura das olimpíadas que, de certa forma, decepcionaram-me. O efeito das pegadas seguindo em direção ao estádio que, para mim, foi extremamente original e bonito, não eram fogos... Foram feitos pelo computador e só quem viu foi quem estava assistindo à abertura pela televisão... Outra coisa que fizeram: colocaram uma menina dublando outra na abertura, porque a verdadeira cantora não era bonita o suficiente para representar a China (palavras do diretor musical do espetáculo). Pode?!! Sei não...

sábado, 2 de agosto de 2008

Meu Velho Amigo


´
Durante a infância, as músicas do Balão Mágico foram as que mais tocaram na "radiola" de minha casa. Domingo é Dia dos Pais e nada mais justo que prestar uma homenagem àqueles que com apenas um sorriso nos fazem sentir as pessoas mais afortunadas deste mundo. Escolhi uma música que me marcou quando criança. O vídeo é meio "tosco", mas vale a intenção. Espero que gostem =) Ao meu papai, só posso dizer... Te amo!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Folha em Branco


Fiz este texto ainda na faculdade de Jornalismo. Já se vão seis anos, mas o pensamento permenece vivo.



Folha em Branco


Nada mais paradoxal que uma folha em branco. Vazio onde existem infinitas possibilidades de criação. Na parábola “Disse uma folha de papel branca” do poeta e escritor libanês Gibran Khalil Gibran, há a comparação entre a vida e uma folha em branco. Através de sua parábola, Gibran nos faz refletir sobre a seguinte questão: é melhor que nossa vida permaneça vazia ou devemos deixar que as tintas de lápis multicoloridos preencham o branco que há nela?

Aqueles que não a deixam rabiscar, não vivem, ou melhor, vivem na ilusão de viver. E não existe nada pior que uma ilusão. Não conhecer as verdades escondidas, muitas vezes, em nós mesmos, ou em quem nos é próximo. Além da ilusão, há aqueles que se acomodam. Aqueles que no fundo, percebem o vazio em que estão submersos, mas, talvez, por covardia, não procuram as tintas que dão cor à vida.

Ilusão, falsa aparência e sensação efêmera. Vivê-la é olhar através de um espelho, mas seu reflexo é apenas a percepção deformada de um objeto, de nós mesmos. A ilusão é como um quase. O quase não é o todo, mas a sensação de um “nada”. Não é nem o esboço do que se pode viver, nem o começo do que se pode ainda sentir e fazer.

Quantos já desistiram de viver? Quantos já se renderam ao marasmo e ao medo do que lhes é desconhecido? Sabemos que é inerente ao ser humano o temor do desconhecido e a racionalização de seus medos, mas também devemos lembrar que é da natureza humana lutar. Lutar pela sobrevivência, lutar por justiça, por uma vida melhor, lutar para concretizar seus sonhos mais íntimos e lutar para ser feliz.

O que seria da vida então, sem esta tal felicidade? Estado. Êxtase. Momento único que todos nós desejamos partilhar. Infelizmente, os muitos que ainda estão acorrentados a um mundo de ilusão, não conseguem administrar tal sentimento.

Será que a felicidade assusta o ser humano? Chega a ser irônico, mas parece que estamos mais acostumados a chorar que a sorrir. Sabemos lidar com a tristeza e com os problemas, porém, não sabemos reagir à felicidade. Pensamos então que a felicidade que sentimos poderá acabar a qualquer instante. Pobres homens! Não sabem que viver na ilusão é trazer para o íntimo esta sensação de “passageiro”?

Momentos, instantes, minutos... Não importa. Temos, não só o direito de estarmos felizes, mas devemos ser felizes para sermos justos conosco. Devemos aprender a amadurecer nosso espírito não somente na tristeza, mas também na felicidade.

Luís Fernando Veríssimo, no texto de sua autoria chamado: “Quase...” afirma que nos falta coragem para sermos felizes. Segundo ele, de nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma. Ele está certo. Viver não é simplesmente existir. Não devemos deixar de viver em plenitude por medo ou insegurança. Não adianta ficar preso a uma redoma e alheio a tudo que acontece. Como diz o ditado popular: “Pior que o arrependimento de ter feito é a dor de não ter vivido”.

Devemos aprender a escutar aos chamados sutis da vida e a deixar que lápis multicoloridos rabisquem nossa folha de papel em branco. Afinal, como disse Veríssimo: “Embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu”.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Bem vivida vida

Uma vez escrevi sobre a brevidade da vida. Uma amiga acabara de sofrer um acidente, o que me levou a pensar como somos frágeis e que não temos todo o tempo do mundo, ao menos, nesta vida. Um amigo meu está doente e isso me fez refletir mais uma vez... Sei que ele ainda viverá muitos anos, mas como vivê-los bem?

Já escrevi alguns poemas. Uns com desabafos, outros com contentamentos e reflexões. Num deles, falei sobre a felicidade. Acho que a chave de uma boa jornada é termos momentos felizes, mas mesmos os tristes devem estar associados à aprendizagem. Em meu poema, intitulado "Felicidade", disse que ela se encontrava nas pequenas coisas, naquilo que geralmente nem notamos ou nem damos valor.

A felicidade pode estar na beleza de um pôr do sol, em admirar a noite com seu céu estrelado, em escutar o som do mar, na conversa com os amigos queridos, num abraço apertado dos nossos pais, em acordar com um beijo carinhoso... Não somos felizes, mas estamos felizes e esses sucessivos momentos bons nos dão uma sensação de plenitude e gratidão, porque quem está feliz quer compartilhar.
Sabemos, porém, que viver não são apenas esses instantes de alegria, para que a vida se torne completa também é necessário termos a sabedoria de apreender os ensinamentos, sejam eles vindos de momentos de regozijo ou de sofrimento. Ainda não cheguei à conclusão sobre qual caminho é o mais difícil para se aprender. Quando estamos felizes, ficamos meio absortos e não temos uma boa percepção do que acontece ao nosso redor. É uma espécie de êxtase. Quando estamos tristes, não conseguimos extrair os elementos positivos que podem nos fazer crescer.

Sei que não existe fórmula mágica para uma bem vivida vida. Vivemos entre tropeços e acertos, um processo longo, mas necessário. O que tento fazer é voltar a ter os olhos de uma criança que está sempre alegre, porque enxerga um mundo mágico e cheio de sentido e, atenta aos pequenos detalhes, a cada dia aprende mais.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

The Miniature Earth



A reflexão vem de diversas maneiras e esse vídeo é uma delas. Vale a pena assisti-lo.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Abaixando a Máquina - Ética e Dor no Fotojornalismo Carioca



Qualidade técnica e sensibilidade se misturam para contar como é o duro cotidiano dos fotógrafos dos principais jornais cariocas. Além disso, no documentário, também são discutidas questões éticas que envolvem a profissão. A identificação para quem trabalha na área é instantânea. A simpatia e o reconhecimento do trabalho daqueles que já viram esses profissionais atuando também. Assistam! :)

terça-feira, 24 de junho de 2008

Rótulos: mulheres em conserva


Pesquisando informações para um trabalho da pós-graduação, li um texto intrigante que dizia que as mulheres de ALFA iriam “dominar” o mundo do consumo. Mas quem são as mulheres de ALFA? É incrível como o ser humano adora rótulos. Esse é apenas mais um e designa a mulher na casa dos 40 anos. Antes dos trinta, as balzaquianas eram apenas mulheres. Acima dos 40 elas são ALFAS, mas também podem ser “new age women”, essas, podem estar com 50, 60...

Ao que parece, ao menos de acordo com o que se lê por aí, é que quanto mais a idade avança, as mulheres se tornam mais confiantes. Seria um mito? A verdade é que as mulheres são muito cobradas e essa confiança tão alarmada vem acompanhada pelo medo. Sim, envelhecer dá medo, e esse pavor perturba quase 100% da ala feminina. Quem já não ouviu falar da crise dos 30? Uma amiga, que acabara de completar 25, já brincava dizendo que estava passando por uma crise: a crise dos cinco antes dos 30. Uma maneira humorada para criticar o receio de muitas em chegarem lá. Mas porque esse “lá” é tão temido? Mais uma vez: cobrança.

Dizem que mulheres podem ser muito competitivas. Fazendo-se uma análise fria, podemos dizer que é verdade. Dizem que mulheres não se vestem para elas mesmas ou para os homens, mas sim para “as outras”, reflexo dessa mesma competição. Existem exceções, é claro, mas sou obrigada a dizer que muitas fazem isso. Esse comportamento faz parte de uma visão machista que a própria mulher tem arraigada. Influência dos pais, dos amigos, da sociedade, da mídia. É quase uma maneira unânime de enxergar o mundo.

A mulher é cobrada desde cedo. Tem que ser a mais bonita, a mais gostosa, a mais inteligente, a mais competente, a melhor namorada, a melhor profissional, a melhor esposa, a melhor mãe. Todos nós, sejamos homens ou mulheres, queremos ser os melhores, não é? Até aí tudo bem. Mas a maneira mais cruel de perceber o pensamento machista é que as mulheres precisam ser sempre jovens. Para isso, muitas se agridem e apelam para cirurgias plásticas das mais diversas.

Essa “pressão” um tanto sutil, por mais paradoxal que seja também é agressiva. São capas de revistas, propagandas, programas de TV, matérias em jornais... Todos enaltecem a juventude feminina e muitas vezes encaram a mulher como mero objeto. Já repararam que todas as revistas, mesmo as feitas exclusivamente para mulheres, têm esses arquétipos na capa? Uma vez resolvi fazer uma rápida pesquisa. De todas as revistas que vi nas bancas, com exceção das que comercializam o nu masculino, apenas uma tinha um homem na capa: a Men’s health. Ironicamente, ela é feita para homens. Depois de um turbilhão de propagandas subliminares e a influência do ambiente (seja familiar, no trabalho, etc), a mulher acaba se rendendo a essa pressão, às vezes, sem nem mesmo perceber.

Não estou defendendo que a mulher seja descuidada com a aparência, não queira se arrumar, ser bela e até mesmo querer ter um corpo ou rosto jovem. Estar bem consigo mesma, faz bem para alma. O que não consigo aceitar é que ela envelheça com neuroses, que a beleza esteja acima de tudo, que tenha uma visão estreita da realidade e que ela se deprecie só pelo ridículo motivo de ter atingido 40 anos, resumindo sua vida a ser uma voraz consumidora de cremes. A vida não pode ficar presa diante do espelho, vazia e sem sentido. Quanto a mim, valendo-me dos rótulos já conhecidos, sou quase uma balzaquiana, como todas as mulheres, também quero estar sempre bonita, mas busco o equilíbrio nessa equação e espero, principalmente, chegar à “fase ALFA” feliz.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Olhar


Tomei conhecimento deste texto numa aula de Jornalismo de Políticas Públicas Sociais. Ele foi levado pelo coordenador da Viração (Ong), Paulo Lima, para que nós refletíssemos. Compartilho, agora, estas palavras com vocês.
Vista Cansada

*Otto Lara Resende
Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa idéia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Balanço: um ano ano em ritmo Bossa Nova


Há um ditado que diz que não temos controle sobre o nosso destino. Em parte é verdade. Muitas vezes parece que perdemos o domínio de nossas vidas, simplesmente porque as oportunidades surgem numa velocidade surpreendente. Parece um tanto redundante e confuso, mas somos escolhidos constantemente para fazer escolhas e nosso destino acaba sendo conseqüência de tudo que optamos realizar. É a ação do livre-arbítrio.

Simpatizo com os existencialistas como Sartre que destaca a liberdade individual, a responsabilidade e a subjetividade do ser humano. Para ele, a existência precede a essência. A escolha é, portanto, o centro da existência humana, é inevitável. Até a recusa da escolha é uma escolha! Entretanto, devemos lembrar que é preciso aceitar o risco e a responsabilidade de seguir nosso compromisso, aonde quer que ele nos leve. No meu caso, minha escolha me trouxe para o Rio de Janeiro.

Estou completando um ano no outro Rio, que se não é o do Norte, é tão bonito quanto, mas, infelizmente, com poucas pessoas dispostas a cuidar dele como deveria. Quando cheguei, tamanho foi o meu espanto e por muitas surpresas passei. A cidade me surpreendeu em alguns aspectos e o primeiro deles foi a estrutura urbana. Não estava acostumada a não ver o céu devido aos prédios que rivalizam a paisagem com as singelas árvores enfileiradas nas ruas. Quanto à natureza, a combinação dos morros e do mar faz com que o Rio de Janeiro realmente transborde em beleza.

As matizes da cidade são manchadas pelas da violência, mas ao contrário do que alguns podem pensar, as nódoas não superam as de cidades como São Paulo ou Recife, sendo concentradas principalmente na periferia, nos locais em que o Estado não está. Aliás, em nenhum lugar que já visitei, vi tantos moradores de rua. Em pensar que uma vez percorri vários pontos de Natal com a equipe do jornal para fazer uma matéria e não encontrei nenhum pedinte para entrevistar... Daquela vez nem fiquei aborrecida pela pauta que caiu.

Alguns estereótipos sobre os cariocas são verdadeiros e outros caem por terra. Eles são verdadeiramente obsessivos pela beleza, sejam homens, mulheres, idosos ou crianças. Exageros à parte, não há mulher ou homem da zona Sul (bairros abastados) que não faça há muito tempo um treinamento com peso. O único problema é que muitos deles fazem exercícios objetivando somente a perfeição estética esquecendo todo o resto. Ao sair da academia, bebem e fumam gerando uma verdadeira contradição.

O carioca pode ser muito simpático, mas também muito estressado. As reclamações vão desde a moeda de um centavo que não foi recebida à lentidão das filas dos caixas nos supermercados. A praia, tão presente na vida dessas pessoas, é como se fosse mais um habitante, um personagem importante, um amigo que se visita sempre para uma longa conversa. Já a fama de não correrem é uma inverdade. Eles correm, principalmente se estão ao volante. Andar na Avenida Brasil é sempre uma aventura e isso me faz pensar duas vezes antes de começar minhas aulas de direção...

Dizem que nossa “terra”, na verdade, é aquela em que encontramos as oportunidades. Não posso negar que o destino me surpreendeu. Prontamente aceitei o desafio e fiz minha escolha. Sempre me considerei um tanto cosmopolita, apesar de nunca sequer ter imaginado que viveria aqui, mas aqui estou e estou feliz. Por muitos anos, estarei neste chão. Por enquanto plantando, mas para mais tarde colher.

sábado, 14 de junho de 2008

Beyond the labels

Amizade. Isso é o que nos faz sair do cinema com a certeza de que valeu a pena pagar para assistir ao filme Sex and the City. Adorei acompanhar todos os episódios da série, torcer por Carrie (Sarah Jessica Parker) e Mr. Big (Chris North), rir com as loucuras de Samantha (Kim Catrall), comover-me com a mudança da Miranda (Cynthia Nixon) e a felicidade de Charlotte (Kristin Davis).

Ao contrário de muitos comentários que já escutei e li, o que me vem à cabeça quando lembro da série não são os Manohlo Blahniks nem as roupas de grifes famosas usadas pela personagem principal, tudo isso, aliás, eu não dou a mínima. Abomino o termo “fashion” ou “fashionista”... Parece um tanto esnobe e usado pelos pseudo-entendidos em moda... Mas, voltando ao assunto do post... O que eu mais gostava de ver no seriado eram as aventuras das quatro amigas de Nova York.

O longa-metragem, que faturou US$ 55,7 milhões no final de semana de estréia nos Estados Unidos, desbancando, inclusive, o veterano Indiana Jones, soube passar muito bem a essência da história exibida pela HBO, entretanto, esqueceu que um bom filme é feito com um roteiro bem costurado. Ao que parece, confiou-se no sucesso já alcançado e, conseqüentemente, na ida dos milhares de fãs às salas de cinema.

No filme, as garotas já não são tão garotas assim. Deixaram de ser balzaquianas e chegaram à casa dos 40 – no caso de Samantha, 50 –, e é natural que as aspirações não sejam mais as mesmas e as responsabilidades também não. Umas se casaram, outras vivem um momento “estável” em seus relacionamentos. Ao que parece, o que querem mesmo nessa etapa de suas histórias é uma vida tranqüila sem muitos sobressaltos amorosos.

Carrie, após quatro anos em que se decidiu por Mr.Big (que continua lindo e com um charme sem igual), resolve viver com ele, mas a decisão de dividir o mesmo teto acaba vindo acompanhada por um pedido de casamento, ponto central da história. Em meio às reviravoltas dramáticas da oficialização da união(Big quer uma cerimônia simples e Carrie não), descobrimos como está sendo a vida dos outros personagens: Samantha se mudou para Los Angeles, mas na verdade vive na ponte aérea LA-NY, trabalha como agente do namorado que é ator e sua fidelidade é constantemente testada pelas tentações, uma delas, o seu vizinho bonitão; Charlotte está casada e feliz com a vida que sempre desejou e Miranda enfrenta problemas no casamento já desgastado.

O longa-metragem, assim como o seriado, presenteia-nos com conversas picantes sobre temas tabus, diálogos bem elaborados, recheados com humor e ironia únicos, cenas engraçadas e dramas que todas as mulheres facilmente se identificam. O único problema, se assim posso dizer, é o que acontece justamente no casamento de Carrie e Big, pois mostra a falta de cuidado com o roteiro. A história poderia ter sido mais bem desenvolvida, pois faltam argumentos que sustentem os acontecimentos. Apesar disso, devo confessar que minha satisfação em vê-las reunidas outra vez é indescritível e valeu o ingresso. Sem dúvida, saí do cinema com a convicção de que a amizade é um dos mais belos sentimentos que nos unem.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

It's Amazing

Do it now
You know you are
You feel it in your heart
And your burning and wishin

At 1st wait,it won't be on a plate
Your gonna work for it harder and harder
And I know cause i've been there before
Knockin on door with rejection (rejection)
And you'll see cause if its ment to be
Nothing can compare to deserving your dream

[Chorus]
It's amazing its amazing all that you can do
Its amazing it makes my heart sing
Now its up to you

Pactents now frustration in the air
And people who dont care
Well its gonna get you down
And you'll fall (fall)
Yes you will hit a wall
Get back up on your feet
And you'll be stronger and smarter

And i know i've been there before
Knockin on door wont take no for an answer
And you'll see cause if its ment to be
Nothing can compare to deserving your dream

[Chorus]
It's amazing its amazing all that you can do
Its amazing it makes my heart sing
Now its up to you

It's amazing its amazing all that you can do
Its amazing it makes my heart sing
Now its up to you

It's amazing its amazing all that you can do
Its amazing it makes my heart sing
Now its up to you
Ahh-ahh-ahh

(Jem)

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Programa para o final de semana!


Em 2007, não sabia a data e acabei perdendo o Cinesul (Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo) que apresentou filmes tão bons quanto o chileno "Na Cama" e que veria só alguns meses depois. Este ano, como precavida que sou, já fui dar uma olhadinha e descobri que o Festival se inicia no próximo sábado (17), no CCBB. Dessa vez, não deixarei de ir! :)

Para quem também adora a Sétima Arte como eu, aí vai o link do Festival:
http://www.cinesul.com.br/site_2008/festival.htm

terça-feira, 10 de junho de 2008

Muito bom!


Para quem gosta da cultura japonesa e arte de maneira geral, uma boa dica é ir ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), aqui, no Rio de Janeiro. Até o dia 13 de julho estará a aberta a exposição Nippon - Cem anos de integração Brasil Japão.

A exposição apresenta a cultura nipônica em suas manifestações artísticas e culturais ao longo da história. O acervo exposto pelo CCBB tem 300 peças entre elas, cerâmicas, vestuário, telas, ikebanas, cartazes de animês, armaduras de samurai e espadas.


Acontecem, simultaneamente à exposição, performances com cosplayers e envolvendo artes marciais, palestras a respeito da medicina oriental e mangás e oficinas de Origami e Oshie.




segunda-feira, 9 de junho de 2008

Reveses




Diante de uma derrota, temos duas opções: aceitá-la ou continuar a batalhar em busca da vitória. Cabe a nós a decisão.

Quem quase vive já morreu

Este texto, que li há alguns anos, é instigante e revelador. Para mim, significa a luta contra a mediocridade, a busca da felicidade e a superação do medo. É viver plenamente.

O QUASE
Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom Dia” quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à duvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

(Fonte: http://www.pensador.info/autor/luiz_fernando_verissimo/) Autoria: Luiz Fernando Veríssimo.

domingo, 8 de junho de 2008

Cinema e Pipoca. Talvez um chocolate.

Depois de um longo período entre livros e provas, voltei ao mundo virtual :)

Para inaugurar o novo espaço, vou dar algumas dicas de filmes a que assisti no último ano e que achei muito bons. Eles não necessariamente são novos, mas foram "descobertos" por mim há pouco tempo. Como se pode perceber, sou bastante eclética... Eles vão desde Blockbusters a filmes de arte. Dos EUA à Coréia do Sul!

Enjoy it :)
  • O método Gronholm ***

  • Réquiem para um sonho ***

  • Geração Prozac ***

  • Stardust ****

  • Irina Palm ***

  • Scoop - o grande furo ****

  • Homem de ferro ***

  • Vermelho como o céu ****

  • Na cama *****

  • O despertar de uma paixão ***

  • Medos privados em lugares públicos ****

  • O labirinto de fauno ****

  • O orfanato *****

  • Adeus, Lênin! ***

  • 4 meses, 3 semanas e 2 dias ***

  • Ingma Bergman (Mônica e o Desejo; A Fonte da Donzela; Sétimo Selo; Persona e Cenas de um Casamento) *****

  • O grande chefe ****

  • Dogville *****

  • Manderley *****

  • Apocalypto ***

  • A lenda de Beowulf ***

  • Quebrando a banca ***

  • O caçador de pipas ***

  • Tropa de elite ***

  • Invasão de privacidade ***

  • Déjà vu ***

  • Anatomia ***

  • Fonte da vida ****

  • O grande truque *****

  • O ilusionista *****

  • Os infiltrados *****

  • Valente ***

  • Invasões bárbaras ***

  • Maria Antonieta ***

  • Meu nome não é Johnny ***

  • Ó pai Ó ***

  • O passado ***

  • Pecados íntimos ***

  • Pequena Miss Sunshine ***

  • Piaf - um hino de amor *****

  • Vanilla Sky *****

  • O ultimato Bourne ****

  • Geração fast food ***

  • Infância roubada ***

  • A vida dos outros ****

  • Time (Sigan) *****

  • Em nome de Deus ****