
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Le Blé Noir

Antes, pensava que o crepe era o primo “chique” da panqueca. Ledo engano... O crepe é muito diferente! Pode até ser parente, mas primo legítimo jamais...
Depois de escutar muitos elogios, eu e meu marido resolvemos conhecer a creperia Le Blé Noir, em Copacabana, propriedade do bretão Alain Cairo e do carioca Fabio Novello. Com fachada discreta, à noite, a casa passa quase despercebida pelos transeuntes. Lá, a tradição é levada a sério e está presente nos mínimos detalhes: no desenho ilustrado na parede, nas mesinhas com mosaicos, nas músicas francesas ao fundo, nas comidas servidas em prato de barro e nas xícaras de louça decorada.
No restaurante, com estilo romântico e intimista, é servido a tradicional galette: crepes servidos como prato principal e cuja massa leva trigo sarraceno, um grão negro (blé noir) e sem glúten. Estima-se que o grão chegou ao noroeste da França no século XII, trazido pelos cavaleiros das cruzadas. Detalhe: na França, as galettes são servidas apenas com recheios salgados; enquanto o crepe de froment, feito com farinha de trigo branco, é combinada com sabores doces.
Chegamos cedo, uma vez que sabíamos que a casa é muito disputada e costuma ter longas filas de espera. Iniciamos nosso tour à Bretanha como manda a tradição: pedimos uma garrafa de cidra (Val de Rance – Cidre Brouchè Brut Cru Breton) para beber, enquanto escolhíamos o que comer. A bebida, para nossa surpresa, foi servida seguindo o ritual Bretão: numa espécie de xícara (aquela que falei acima).

O cardápio no Le Blé Noir é divido em “especialidades do chef”, “tradicionais’ e “monte o seu crepe”, opção em que você pode escolher o recheio e o tipo de queijo para acompanhar a massa. Todas as galettes são servidas com salada verde ao molho de mostarda dijon. Depois de muito pensar, pedi uma de hambúrguer de picanha ao molho de vinho, cogumelos paris e bacon (pedi para diminuir a quantidade). Meu marido escolheu provar a galette de hambúrguer de picanha ao molho roquefort.

Uhmm... Maravilhoso! A massa chegou à mesa leve, fininha e crocante, muito diferente dos crepes que já comi, que seguem uma versão menos “consistente”, parecendo muito mais panquecas do que qualquer outra coisa. O resultado foi uma profusão de sabores: o docinho dos cogumelos, o sabor da carne e o salgadinho do molho. E a salada? Divina! Como eles conseguem deixar uma mistura de folhas tão apetitosa? O molho de mostarda dijon deu um toque muito especial com sua textura encorpada e seu sabor marcante, levemente ácido. A escolha do meu marido também agradou. Segundo ele estava “uma delícia”!
Para fechar a noite, escolhemos a sobremesa: trouxinhas de crepe recheadas com sorvete de creme, morangos, amêndoas torradas e calda de chocolate. Muito bom! Adoro doces e esse estava especial. O crocante da massa e da amêndoa, o doce do sorvete, o azedinho do morango e a calda de chocolate meio amargo... Uhmm... Preciso falar mais?
Saímos de lá satisfeitos e com a certeza de que iremos voltar.
sábado, 16 de outubro de 2010
Mais um Restaurant Week na Cidade Maravilhosa

segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Maior evento audiovisual da América Latina
De 23 de setembro a 7 de outubro, será realizada mais uma edição do Festival do Rio. Da zona Norte à zona Sul, salas de cinema exibirão mais de 300 filmes, muitos deles nem irão chegar ao circuito comercial.
Para saber mais sobre a programação, clique aqui.
sábado, 21 de agosto de 2010
Tudo e Nada ao Mesmo Tempo no Sabores e Olhares!

sábado, 31 de julho de 2010
Roberta Sá no Bom Dia Rio
Entrevista da talentosa cantora (e conterrânea) Roberta Sá ao jornal Bom Dia Rio. Vale a pena conferir!
domingo, 11 de julho de 2010
A voz do polvo é a voz de Deus

sexta-feira, 2 de julho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010
Pink Fleet - Passeio pela Baía de Guanabara

Morando há alguns anos no Rio, conheço boa parte dos pontos turísticos da cidade. Na lista, entretanto, ainda faltava um passeio pela Baía de Guanabara. De navio, então, seria ótimo. Com uma paisagem tão exuberante, seria difícil não gostar da viagem. Sabendo que a satisfação estava garantida pelo lindo visual, eu e meu marido embarcamos no Pink Fleet, na Marina da Glória.

A primeira impressão foi ótima. Próximo dos barcos atracados, nossos nomes foram conferidos – as viagens só podem ser feitas mediante reserva – e fomos encaminhados à van que nos aguardava para nos levar até o navio.
Ao chegarmos lá, já havia muitas pessoas, diversas famílias e casais, todos já acomodados nos vários ambientes da embarcação. Decidimos ficar no convés inferior (Convés Lagoa), com enormes janelas de vidro que proporcionavam uma ótima visão da Marina da Glória. No local onde funciona o restaurante, pode-se pedir pratos à la carte, snacks ou optar pelo buffet. Também há boas opções de vinhos e espumantes.

O navio partiu às 11h45. A cada ponto turístico, éramos informados sobre sua história. Passamos pelo Aterro do Flamengo, Enseada de Botafogo, Fortaleza de São João e Pão de Açúcar. A partir daí, tivemos que ir para o convés superior (Convés Leblon) para admirar a vista. O Pão de Açúcar é lindo de todos os ângulos!
Vimos a Fortaleza de Santa Cruz e as praias de Adão e Eva. Nesse momento, decidimos ir ao restaurante provar algumas opções do menu. Pedimos salada ceasar com frango defumado e filé de cherne com molho de gengibre e limão siciliano, acompanhado de arroz com brócolis.

A salada foi a melhor pedida. Frango tenro, molho ao ponto e uma boa dose de folhas. Mas, o peixe estava excessivamente suave e o arroz também não foi aprovado. Após a degustação, resolvemos pedir a conta e voltar para o convés superior. Ainda avistamos Niterói, o Museu de Arte Contemporânea, a Ponte Rio-Niterói, parte do centro da cidade, a Ilha Fiscal, o aeroporto Santos Dumont ... E, novamente, a Marina da Glória.
A viagem durou cerca de duas horas. O passeio foi excelente, pena que o restaurante deixou a desejar.
Curiosidades
O navio pertence à EBX, holding do empresário Eike Batista. Pink Fleet era uma expressão usada pelos antigos homens do mar para denominar os barcos que retornavam ao porto no cair do sol, com os últimos raios batendo no casco.
O navio tem:
- 54 metros de comprimento
- 4 conveses
- 6 ambientes
- Capacidade para 400 passageiros
- Até 100 tripulantes
domingo, 20 de junho de 2010
União
De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá, na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
William Shakespeare
Uma homenagem aos meus amigos Keneth e Mila que decidiram compartilhar a vida, somando alegrias, multiplicando sonhos e fazendo com que eles se tornem realidade.
sábado, 5 de junho de 2010
Sex and the City 2
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Shin Miura
Quem diz que sashimis e sushis têm o mesmo gosto independentemente do restaurante está enganado. Assim como acontece com as demais expressões gastronômicas, para os apreciadores da culinária nipônica, cada lugar tem sua característica. E encontrar iguarias de qualidade não é tão fácil.
O peixe tem que estar fresquinho e o arroz tem que ser cozido ao ponto - os grãos não podem estar endurecidos, mas também não devem estar muito cozidos, de modo que percam a forma – além disso, ele não deve estar com o gosto ‘avinagrado’, que afeta o sabor de todo o resto. Os temperos da vertente contemporânea dão um toque especial. Sem falar na apresentação dos pratos, que por meio de cores e combinações, devem despertar nos olhos as sensações experimentadas pelas papilas gustativas.
No centro é difícil encontrar um restaurante que alie tudo isso, mas o Shin Miura consegue. A casa não prioriza a decoração, mas prima pelo atendimento e mantém algumas tradições como, por exemplo, oferecer uma toalha para que os clientes limpem as mãos – só conheço dois restaurantes no Rio que o fazem.
O responsável pelas combinações ousadas de ingredientes orientais com práticas culinárias ocidentais é o chef Nao Hara, que esteve em Tokyo aprendendo sobre a culinária japonesa contemporânea.
Av. Rio Branco, 156, lojas 324 e 325
sábado, 29 de maio de 2010
Prima Bruschetteria - A entrada que virou o prato principal


Fui conhecer a Prima Bruschetteria com um grupo de amigas. Chegamos cedo, por volta das 19h15, e a casa já estava lotada. Ficamos numa mesa suspensa, próxima do balcão do chef. Numa primeira olhada no cardápio, descobri a difícil missão que teria pela frente. O que escolher diante de tantas opções? Comecei na linha tradicionalista. Pedi uma bruschetta caprese (tomate italiano, mozzarella de búfala e manjericão) e para beber, uma Demoiselle da Colorado (cerveja escura porter que leva café na sua formulação).
Após me aventurar no risotto, fui menos conservadora e pedi uma bruschetta de ‘salmão defumado e sour cream’. Que surpresa! O gosto do salmão, um pouco mais acentuado por passar pelo processo de defumação, conseguiu se sobrepor ao azedinho do creme, resultando numa combinação muito interessante.
CURIOSIDADES
Qual a origem da bruschetta?
domingo, 23 de maio de 2010
Dicas do Rio - Post Atualizado
1. FAZENDO TURISMO
Pão de Açúcar – A vista é realmente exuberante. Sempre que volto ao Pão de açúcar, fico boquiaberta com a paisagem, pois a Baía de Guanabara tem uma beleza única. Do Pão de Açúcar podem ser apreciadas diversas praias do Rio e de Niterói, além da vegetação da Mata Atlântica e algumas edificações históricas como o Forte de Santa Cruz e a Ilha Fiscal. Lá, de cima, é inevitável não refletir sobre a negligência das autoridades e, às vezes, do próprio povo em relação à cidade. Dá para acreditar que o Rio poderia ser ainda mais lindo? Poderia sim...
Aterro do Flamengo – Uma imensa área verde ao lado do mar. Tem combinação mais bonita? O Parque Brigadeiro Eduardo Gomes, conhecido como Aterro do Flamengo, possui 1.200.000m² de área verde, com arbustos floridos e árvores, compondo uma das mais visitadas áreas de lazer da cidade. Descobri, ali, a paixão do carioca pelo esporte. Lá, tem quadras poliesportivas e pistas de skate. Nos finais de semana, todos andam de bicicleta, passeiam com seus animais, andam de patins ou caminham com a família. O Pão de Açúcar fica ao fundo emoldurando a paisagem.
Feira de São Cristovão – Essa dica é para quem é do Nordeste ou gosta das comidas típicas de lá. Está com vontade de comer tapioca? Lá tem. Quer comer carne de sol e macaxeira? Lá também tem. O Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas tem cerca de 700 barracas fixas. Além da culinária típica da região, tem artesanato, trios e bandas de forró, dança, cantores e poetas populares, repente e literatura de cordel.
Centro da Cidade (Incluindo Saara) – O centro tem “lojas de shopping”, mas também tem o mercado popular. Quer pechinchar? Vá ao Saara. Lá tem de tudo a um preço super convidativo.
Lagoa Rodrigo de Freitas – Cercada pelos mais badalados bairros cariocas - Lagoa, Ipanema, Leblon, Gávea e Jardim Botânico -, suas águas calmas nos convidam para o descanso. Os pedalinhos em forma de cisne lembram a infância e trazem um tom de saudosismo ao lugar. Os quiosques à beira da Lagoa dão um charme romântico a esse belo cartão postal. Lá, também é possível alugar bicicletas individuais ou para até quatro pessoas. É parada obrigatória tanto para turistas quanto para quem vive aqui.
Lapa – Quer conhecer a alma boêmia carioca? Vá a Lapa. Lá, você encontra samba. Você encontra rock. Você encontra chorinho. Você encontra pop. Você encontra gafieira. Você encontra house. Você encontra de tudo um pouco.

Copacabana – É a praia mais famosa do Rio de Janeiro. A Avenida Atlântida é fechada nos fins de semana, ampliando o espaço de caminhadas, corridas e ciclovia. Andar na orla da princesinha do mar não tem preço.

Ipanema – Bom é andar pelo bairro e descobrir seus segredos. É um lugar agitado, dinâmico e com comércio bem desenvolvido, a exemplo de Copacabana. Tem ótimos lugares para sair: barzinhos, boates, restaurantes e teatros. A praia também é bonita e dizem que, nas suas areias, estão as pessoas mais bonitas da cidade. Será?
Igreja da Candelária – Uma bela obra arquitetônica para ser apreciada. Quem gosta de arte, terá prazer em ver o toque neo-renascentista italiano, nas paredes que sustentam esse templo religioso. Ela foi construída no século XVIII, tem planta em cruz latina, revestimento interior em mármore, fachada em cantaria, portas trabalhadas em bronze e no interior toda a sua história está pintada em murais.Palácio do Catete – Você pode passar horas lendo tranquilamente em seus jardins, sendo “incomodado” apenas pela breve brisa que bate em seu rosto ou pelo som dos patos que nadam nos lagos do palácio. Pode tomar ainda um cafezinho, ir ao cinema ou ainda visitar o museu e a livraria.

Barra da Tijuca – A Barra parece outra cidade dentro do Rio de Janeiro. São terrenos amplos, com condomínios enormes e grandes centros comerciais, além de restaurantes de todos os estilos, parques, casas noturnas, teatros, cinemas, entre outros locais de lazer. Vale à pena reservar um dia para conferir o que a Barra tem.

2. POINTS
Cultura
Centro Cultural Banco do Brasil (1º de Março, Centro) – Quem aprecia arte deve passar por lá. Além de exposições gratuitas, o CCBB tem dois teatros, quatro salas para mostras, biblioteca com mais de 100 mil volumes em acervo informatizado, auditório, salas de vídeo e cinema. Erguido em 1880, o prédio do CCBB já foi sede do Banco do Brasil e da Associação Comercial do Rio de Janeiro. A partir de 1989 ganhou status de centro cultural.
Barzinhos/Restaurantes

Yumê (Pacheco Leão, Jardim Botânico) - O Rio de Janeiro tem ótimas opções de restaurante japonês. O Yumê é uma delas. Ele tem um dos mais charmosos ambientes que conheci. Lá, é possível jantar à luz de velas, sobre uma piscina de carpas, e ainda contemplar as estrelas pelo teto de vidro. As opções de comida são variadas, seguindo a tradicional cozinha japonesa. A casa tem ótimos pratos quentes. Destaque para o Ebi no harumaki (Rolinho primavera com queijo catupiry e alho poró, assado no forno), que acompanha molho agridoce, e para o Shitaki recheado com salmão cru. As duas entradas abrem o apetite, dando vontade de voltar várias vezes só para provar as outras iguarias do cardápio!
Matsuki (Conde Bernadotte, Leblon) - A especialidade do restaurante é a comida oriental contemporânea. Os pratos principais passam por influências indianas, tailandesas, coreanas e chinesas. Para os tradicionalistas, o cardápio conta também com opções de combinados, yakissobas, makimonos, temakis e rolinhos com variedade de recheios. O restaurante é bem pequeno, mas bem charmoso e está entre os meus preferidos do Rio.
Lembrancinhas
Feira Hippie (Praça General Osório, Ipanema) – Desde 1968, esta feira atrai cariocas e turistas do Brasil e do mundo. Todos os domingos, dezenas de artesãos vendem suas mercadorias nos stands da feira. Um dos melhores lugares no Rio de Janeiro para comprar lembrancinhas da cidade, artesanato, arte contemporânea, bijuterias e bolsas.