
Fiz este texto ainda na faculdade de Jornalismo. Já se vão seis anos, mas o pensamento permenece vivo.
Folha em Branco
Nada mais paradoxal que uma folha em branco. Vazio onde existem infinitas possibilidades de criação. Na parábola “Disse uma folha de papel branca” do poeta e escritor libanês Gibran Khalil Gibran, há a comparação entre a vida e uma folha em branco. Através de sua parábola, Gibran nos faz refletir sobre a seguinte questão: é melhor que nossa vida permaneça vazia ou devemos deixar que as tintas de lápis multicoloridos preencham o branco que há nela?
Aqueles que não a deixam rabiscar, não vivem, ou melhor, vivem na ilusão de viver. E não existe nada pior que uma ilusão. Não conhecer as verdades escondidas, muitas vezes, em nós mesmos, ou em quem nos é próximo. Além da ilusão, há aqueles que se acomodam. Aqueles que no fundo, percebem o vazio em que estão submersos, mas, talvez, por covardia, não procuram as tintas que dão cor à vida.
Ilusão, falsa aparência e sensação efêmera. Vivê-la é olhar através de um espelho, mas seu reflexo é apenas a percepção deformada de um objeto, de nós mesmos. A ilusão é como um quase. O quase não é o todo, mas a sensação de um “nada”. Não é nem o esboço do que se pode viver, nem o começo do que se pode ainda sentir e fazer.
Quantos já desistiram de viver? Quantos já se renderam ao marasmo e ao medo do que lhes é desconhecido? Sabemos que é inerente ao ser humano o temor do desconhecido e a racionalização de seus medos, mas também devemos lembrar que é da natureza humana lutar. Lutar pela sobrevivência, lutar por justiça, por uma vida melhor, lutar para concretizar seus sonhos mais íntimos e lutar para ser feliz.
O que seria da vida então, sem esta tal felicidade? Estado. Êxtase. Momento único que todos nós desejamos partilhar. Infelizmente, os muitos que ainda estão acorrentados a um mundo de ilusão, não conseguem administrar tal sentimento.
Será que a felicidade assusta o ser humano? Chega a ser irônico, mas parece que estamos mais acostumados a chorar que a sorrir. Sabemos lidar com a tristeza e com os problemas, porém, não sabemos reagir à felicidade. Pensamos então que a felicidade que sentimos poderá acabar a qualquer instante. Pobres homens! Não sabem que viver na ilusão é trazer para o íntimo esta sensação de “passageiro”?
Momentos, instantes, minutos... Não importa. Temos, não só o direito de estarmos felizes, mas devemos ser felizes para sermos justos conosco. Devemos aprender a amadurecer nosso espírito não somente na tristeza, mas também na felicidade.
Luís Fernando Veríssimo, no texto de sua autoria chamado: “Quase...” afirma que nos falta coragem para sermos felizes. Segundo ele, de nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma. Ele está certo. Viver não é simplesmente existir. Não devemos deixar de viver em plenitude por medo ou insegurança. Não adianta ficar preso a uma redoma e alheio a tudo que acontece. Como diz o ditado popular: “Pior que o arrependimento de ter feito é a dor de não ter vivido”.
Devemos aprender a escutar aos chamados sutis da vida e a deixar que lápis multicoloridos rabisquem nossa folha de papel em branco. Afinal, como disse Veríssimo: “Embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu”.
Nada mais paradoxal que uma folha em branco. Vazio onde existem infinitas possibilidades de criação. Na parábola “Disse uma folha de papel branca” do poeta e escritor libanês Gibran Khalil Gibran, há a comparação entre a vida e uma folha em branco. Através de sua parábola, Gibran nos faz refletir sobre a seguinte questão: é melhor que nossa vida permaneça vazia ou devemos deixar que as tintas de lápis multicoloridos preencham o branco que há nela?
Aqueles que não a deixam rabiscar, não vivem, ou melhor, vivem na ilusão de viver. E não existe nada pior que uma ilusão. Não conhecer as verdades escondidas, muitas vezes, em nós mesmos, ou em quem nos é próximo. Além da ilusão, há aqueles que se acomodam. Aqueles que no fundo, percebem o vazio em que estão submersos, mas, talvez, por covardia, não procuram as tintas que dão cor à vida.
Ilusão, falsa aparência e sensação efêmera. Vivê-la é olhar através de um espelho, mas seu reflexo é apenas a percepção deformada de um objeto, de nós mesmos. A ilusão é como um quase. O quase não é o todo, mas a sensação de um “nada”. Não é nem o esboço do que se pode viver, nem o começo do que se pode ainda sentir e fazer.
Quantos já desistiram de viver? Quantos já se renderam ao marasmo e ao medo do que lhes é desconhecido? Sabemos que é inerente ao ser humano o temor do desconhecido e a racionalização de seus medos, mas também devemos lembrar que é da natureza humana lutar. Lutar pela sobrevivência, lutar por justiça, por uma vida melhor, lutar para concretizar seus sonhos mais íntimos e lutar para ser feliz.
O que seria da vida então, sem esta tal felicidade? Estado. Êxtase. Momento único que todos nós desejamos partilhar. Infelizmente, os muitos que ainda estão acorrentados a um mundo de ilusão, não conseguem administrar tal sentimento.
Será que a felicidade assusta o ser humano? Chega a ser irônico, mas parece que estamos mais acostumados a chorar que a sorrir. Sabemos lidar com a tristeza e com os problemas, porém, não sabemos reagir à felicidade. Pensamos então que a felicidade que sentimos poderá acabar a qualquer instante. Pobres homens! Não sabem que viver na ilusão é trazer para o íntimo esta sensação de “passageiro”?
Momentos, instantes, minutos... Não importa. Temos, não só o direito de estarmos felizes, mas devemos ser felizes para sermos justos conosco. Devemos aprender a amadurecer nosso espírito não somente na tristeza, mas também na felicidade.
Luís Fernando Veríssimo, no texto de sua autoria chamado: “Quase...” afirma que nos falta coragem para sermos felizes. Segundo ele, de nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma. Ele está certo. Viver não é simplesmente existir. Não devemos deixar de viver em plenitude por medo ou insegurança. Não adianta ficar preso a uma redoma e alheio a tudo que acontece. Como diz o ditado popular: “Pior que o arrependimento de ter feito é a dor de não ter vivido”.
Devemos aprender a escutar aos chamados sutis da vida e a deixar que lápis multicoloridos rabisquem nossa folha de papel em branco. Afinal, como disse Veríssimo: “Embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu”.